quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sem escrúpulos


Nesse mundo tão profano
Venho a você relatar
Que o que me faz incomodar
É quem nos estar governando
Escândalos e mais escândalos
E muita corrupção
Um país sem reputação
Em nível internacional
E as massas ainda perdem a moral
No tempo de eleição

Nós esquecemos o hino
Dessa nação desonrada
De uma bandeira verde-amarelada
Que nos remonta ao civismo
De um verde no bolso e um amarelo no sorriso
Que move essa nação
Milhões para um, milhares sem um pão
E a filosofia do capitalismo
Passou-se o tempo do pão e circo
Queremos educação

Posso ser recriminado
Pela sociedade
Devido à veracidade
Com que tenho me expressado
Nos fatos mencionados
Que revelam uma triste historia
De um país sem glórias
Uma nação maculada
De uma política nefasta
Corrompida e asquerosa


Rafael de Araújo Melo

Lacunas da Reforma Ortográfica

A reforma ortográfica da língua portuguesa foi assinada em acordo com todos os países que falam a língua. Portanto, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste formam os países que assinaram o acordo e aderiram à reforma.
O português é o terceiro idioma mais falado no ocidente, e o sexto em âmbito mundial. De fato, a língua portuguesa nesses países difere em alguns termos linguísticos (lembre-se que linguísticos não tem mais trema), porém, a estrutura da língua é a mesma. O português brasileiro já passou por modificações marcantes. Pode-se citar, mais recentemente, a reforma que aboliu os acentos diferenciais. Estes são os aspectos diacrônicos da língua, ou seja, a evolução desta, embora os teóricos digam que ela não evolui. Esta reforma tem uma função muito mais voltada para a política que para o beneficio da língua. O surgimento dessa ideia (sem acento por ser um ditongo aberto em palavra paroxítona) tem base na época de Janio Quadros, e sua consolidação evidencia uma independência linguística do Brasil em relação à Portugal. A grande ilusão é imaginar que a língua portuguesa será unificada com a reforma em todos os países que a falam, o que ocorrerá e que muito assemelhará o português de Portugal com o brasileiro é a padronização em muitos termos lexicais como: trema, acento, hífen. O prazo para regularização às novas regras para as editoras se estenderá até Janeiro de 2010, porém, em concursos, exames e vestibulares, os candidatos terão até 2012 para adaptarem-se com a nova língua, em outros termos, esquecer tudo o que aprenderam. Já Portugal não se mostra tão interessada quanto à reforma, pois a população viverá um período de adaptação de cinco anos, só sendo obrigatório o uso das novas normas em 2014. Já que se falou em população, vale salientar que as mudanças no português brasileiro restringem-se à escrita, não importando no uso da fala, que é mais comumente usada pela população. Uma das maiores autoridades do assunto no Brasil, o professor membro da Academia Brasileira de Letras, Evanildo Bechara, defende a reforma e a vê como um agente para abertura brasileira nos mercados. “Com uma ortografia unificada, desaparecem as barreiras ortográficas e de mercado. A língua é a mesma, o que temos são variedades de uso que acontecem até no próprio Brasil.” Afirmou o gramático em entrevista ao programa Hoje em Dia. É certo que os portugueses assistem a uma novela brasileira tranquilamente, e que nós acompanhamos a RTP, TV portuguesa,(que faz parte da nossa TV aberta) sem problemas, mas dizer que a língua lá e cá é a mesma, é, sem dúvidas, um exagero. Entretanto, a grande questão é se a reforma é acertada ou ficou a desejar em alguns pontos. Afinal, nossa língua tem mais exceções do que propriamente regras, e as regras geralmente não condizem com a realidade linguística.

E essa realidade continuará se concretizando como vemos no seguinte e hilário vídeo: