sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

São José da Matense é campeão paraibano de Downhill

Arthur Teixeira disputa primeira etapa da Copa Nordeste de Downhill este fim de semana na Paraíba.

Arthur Teixeira é o atual Campeão Paraibano na categoria Rígida. (Foto: Arquivo Pessoal)
A Copa Nordeste de Downhill 2015 será aberta neste sábado (31) no distrito de Galante, em Campina Grande. As provas serão realizadas no sábado e no domingo e abrem a temporada do ano para a modalidade no país, já que vão contar com atletas de quatro estados e serão válidas pelo ranking nacional. As categorias são Elite, Master, Sub 30, Junior, Hardtail e Estreante. O esporte consiste em uma descida rápida de bicicleta em terrenos acidentados. Quatro paraibanos disputam a competição e um dos destaques e grandes promessas é o atual Campeão Paraibano, Arthur Teixeira.
O ciclista disse à reportagem do Jornal com Poesia que a pista da pedra de Santo Antônio em Galante é uma das mais rápidas do país e, por isso, a competição será muito boa, principalmente para o público que for assistir ao evento. "Essa pista exige muito dos pilotos e é a primeira vez que sediará uma prova oficial. Como os atletas que vêm para cá são de alto nível, nós acreditamos que essa prova será muito disputada", disse.

Arthur venceu em Guarabira. (Foto: Arquivo Pessoal)
Arthur Teixeira é do distrito campinense São José da Mata. Ele está se preparando diariamente para as competições. O ciclista, que é também técnico em eletrônica, venceu o Desafio Frei Damião de Downhill 2014 na categoria Rígida e se sagrou campeão paraibano com os resultados obtidos. 
O atleta entrou no esporte aos 14 anos de idade e conta que utilizou uma bike emprestada no início da carreira. Hoje é ele mesmo quem constrói suas próprias bicicletas. "Minha primeira disputa nesta idade foi logo de cara na categoria Sub 30 e fiquei na sexta posição, o que é considerado um resultado muito bom, principalmente para um adolescente", relatou. Em 2014, já com 23 anos, Arthur foi o vice-campeão nordestino da modalidade. "Fiquei apenas cinco pontos atrás do campeão e não fui o vencedor porque não pude disputar todas as provas por falta de patrocínio. Em todas as que fui venci, mas acabei perdendo muitas por falta de recursos para as viagens", lamentou. 
O evento deste fim de semana na Paraíba é realizado pela equipe DH Paraíba, que é encabeçada por Arthur. Os 40 integrantes formam a maior equipe de Donwhill do país. "Com o pagamento da mensalidade desses membros, reestruturamos pistas, custeamos gastos com eventos e com a própria equipe nas competições, mas não contamos com nenhum patrocínio", explicou.
Uma das pistas construídas pela equipe fica na Serra de Joaquim Vieira, em São José da Mata. Em março de 2015, dentro dos festejos do padroeiro da localidade, uma prova será realizada na pista, abrindo o Campeonato Paraibano. Há dois anos o local não sediava competição oficial. 
Por este espírito de atleta que batalha para manter o esporte mesmo enfrentando dificuldades, Arthur acabou inspirando outros aprendizes em São José da Mata que hoje já até disputam competições. "Tem várias pessoas daqui praticando o esporte e inclusive outras modalidades ligadas à bicicleta. Eu estou muito feliz com as minhas conquistas e vou continuar batalhando pelos meus sonhos", finalizou.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Encontro de carros antigos é realizado neste fim de semana em Campina Grande

Último encontro teve 70 carros em dezembro de 2014.

A Paraíba tem mais de 215 mil veículos com mais de 15 anos, de acordo com um levantamento do Departamento Estadual de Trânsito, o Detran. Esta paixão pelos “velhinhos” não é por acaso: todo brasileiro gosta de carros antigos e, por isso, os amantes dos veículos que marcaram época em tempos passados realizam no próximo domingo (1) o Antigos e Amigos, que reúne os entusiastas dessa paixão e coloca lado a lado clássicos memoráveis das nossas estradas de outras gerações.
O evento acontece em Campina Grande, iniciando pela manhã e adentrando a tarde. Com os carros perfilados na Praça Coronel Antônio Pessoa, conhecida como Praça da “Morgação”, é o entusiasmo que reina. O local é na rua Irineu Joffily, no Centro da cidade.
Este evento familiar que reúne os antigomobilistas acontece todo primeiro domingo de cada mês. “Esse encontro fez renascer aquelas velhas manhãs de domingo na praça, junto da família, com boas conversas e troca de ideias sobre os carros antigos”, explicou Rodolfo Araújo, um dos coordenadores dos encontros.
A exposição fica aberta para qualquer pessoa e deve contar com mais de 100 carros da cidade, de outros locais e até de estados diferentes. Além do encontro e exposição, há espaço para negociação do setor, com motores, ramo de peças, pneus, acessórios, venda e troca de carros novos ou usados, instituindo desta forma Domingo Automotivo.

Por que a fábrica de aviões em São José da Mata não decola?

Reprodução/TV Paraíba

As obras da construção da primeira fábrica de aeronaves de pequeno porte da Paraíba começaram na última terça-feira (27) no distrito de São José da Mata, em Campina Grande. Contudo, um episódio chamou a atenção na localidade para uma situação nebulosa ainda não explicada no tocante à legalidade do processo de desapropriação do terreno para instalação da empresa.

Na terça-feira, um dos representantes da Stratus Indústria Aeronáutica, empresa que fabricará as aeronaves, supervisionava o início das obras, quando foi abordado pelo advogado do Aeroclube. O empresário Juan Pinheiro afirmou que teria sido agredido e que revidou às agressões do advogado Luís Inácio Araújo. Este, contudo, afirma que buscou somente interrogar o porquê da invasão do terreno por parte do empresário, visto que o Aeroclube não tinha recebido oficialmente nenhum comunicado sobre a desapropriação e a emissão de posse por parte da empresa, e que ele é que foi agredido pelo empresário. O caso foi registrado na 5ª Delegacia de Polícia Civil, no próprio distrito, e os dois envolvidos prestaram depoimentos na quarta-feira, um dia apos a confusão.

Esta situação mostra um problema maior, que vem se arrastando desde 2013. A Prefeitura Municipal de Campina Grande pactuou com o presidente do Aeroclube, Raymundo Gadelha, a desapropriação de uma parte do terreno (3,5 hectares) com uma indenização de R$ 850 mil. O advogado Luís Inácio contesta que o senhor Raymundo Gadelha não poderia sozinho firmar este acordo, tendo que consolidar a aceitação dos demais associados do Aeroclube.

A Prefeitura depositou R$ 200 mil para o Aeroclube e conseguiu o decreto que dá autorização para se apropriar do terreno, ficando responsável por investir os outros R$ 650 mil em melhoramentos para o Aeroclube. A defesa do Aeroclube, procurada pelo presidente Raymundo Gadelha, que se arrependeu do trato com a Prefeitura, contestou a desapropriação e uma batalha judicial foi travada.

Neste entremeio, o prefeito Romero Rodrigues firmou o acordo com a empresa baiana Paradise, que produz aeronaves no estado, para trazer uma unidade de fabricação de aeronaves de pequeno porte para este terreno, onde funcionava o Aeroclube. No acordo, a empresa ganharia a cessão do terreno, além da isenção fiscal, e deixaria a contrapartida de mão-de-obra e qualificação profissional em parceria com o Senai.

Contudo, a ação que contesta a desapropriação ainda tramita na Justiça Estadual, embora a juíza Giovanna Lisboa, já tenha concedido liminar favorável à Prefeitura. O advogado Luís Inácio se baseia no princípio da jurisprudência, usando como exemplo o caso de desapropriação do Aeroclube de João Pessoa, para afirmar que apenas a Justiça Federal tem competência para julgar o caso, já que o espaço é regulado pela Agência Nacional de Aviação Civil. A Procuradoria-Geral do município rebate informando que o acordo foi feito com lisura.

Luís Inácio conseguiu recomendação do Ministério Público Federal no sentido de que a competência do processo seja revista. "Nós iremos até o fim nessa questão porque a prefeitura está atropelando todos os trâmites legais para conseguir a posse do terreno. Abriram uma nova empresa que não tem vinculação com a empresa baiana para beneficiar o empresário Juan pinheiro. Ele teria que ter atuação no ramo já comprovadamente para receber de uma prefeitura todos esses benefícios", disse. Luís afirma ainda que o local é reconhecido como de utilidade pública e não pode perder seu funcionamento.

O procurador do município, José Fernandes Mariz, argumenta que apenas uma parte do terreno foi desapropriada para a construção da empresa e que, inclusive, uma parcela dos R$ 850 mil referentes à indenização seria revertida em melhoramentos para o próprio Aeroclube. "O espaço estava com instalações antigas, pois não existem pistas adequadas, e há vários animais. Estamos recuperando o local e modernizando para a própria população", disse Mariz. O procurador argumentou ainda que a medida vai gerar emprego e renda e fomentar o comércio local, além de ser um avanço para o estado inteiro.

AERONAVES
Serão construídos dois modelos. Um com quatro lugares ficará pronto a partir de junho e o outro com dois lugares e uma versão mais esportiva ficará pronto a partir de fevereiro. Dois empresários já fecharam negócio comprando aeronaves à empresa.

VANTAGENS
Devem ser gerados diretamente 200 empregos quando a fábrica entrar em pleno funcionamento, produzindo até dois modelos de aeronaves. O Senai abriu escola no Distrito Industrial específica para a qualificação para essa produção da área e já preparou quase 400 alunos com o módulo de Tecnologia Aeronáutica. De acordo com o diretor de operações do SENAI, Felipe Vieira Neto, os alunos já montaram o primeiro protótipo. “A empresa nos enviou chassis de aviões e começamos os treinamentos. Depois de aprender, os alunos construíram quase tudo na escola, fazendo a parte mecânica, a montagem das chapas e as instalações eletrônicas. Alunos da Universidade Federal de Campina Grande, dos cursos de engenharia mecânica e eletrônica também devem ser recrutados para o trabalho na fábrica", disse.

domingo, 11 de janeiro de 2015

A SECA É UNIVERSAL

O Nordeste sofreu e foi judiado
Vendo a seca corroendo o seu chão
Sem ter água, nem peixe ou plantação
Passou sempre por esse mal bocado
Mas o meio educa, e educado
Nordestino aprendeu e superou
Muito mais o que lhe aperreou
Foi perceber que o seu próprio irmão
Do mesmo país não deu-lhe a mão
Só julgou, sorriu, discriminou

Água é vida no Sul, Norte ou Nordeste
Quase toda a que temos se acabou
Mas não foi santo Pedro que apertou
A torneira que ainda abastece
Quem agora mal sofre é o Sudeste
E pela alma que teve desde sempre
Tem gente que está roubando gente
Tá levando a água, a caixa e o pote
Não podemos apostar na nossa sorte
Pois o futuro somente a Deus pertence

Mas, contudo, ao sulista sofredor
Nós prestamos a solidariedade
E agindo com muita hombridade
Por saber da angústia e da dor
Se nos cortam um galho, damos flor
Pois sabemos o que é um pote vazio
Portanto, temos pra os irmãos um rio
São Francisco, e podemos ajudar
O nome santo nos ensina a partilhar
Pra a Asa Branca não deixar nunca o Brasil

Rafael Melo

sábado, 10 de janeiro de 2015

Nos tempos do memorando

Memorando nº 365.24

31 de dezembro de 2014

De: Escritório de Planejamento

Para: Superintendência Administrativa

Assunto: Demissão

Senhor lindíssimo diretor, tomei alguns minutos do expediente para escrever requerendo a imediata demissão e substituição do meu assistente administrativo, o senhor Pilha Elétrica Galvânica Voltaica de Alcalina. Apesar dos seus préstimos a este empresa, onde o mesmo atua há mais de dez anos, um episódio recente denunciou a sua instabilidade emocional e desvio de caráter para as atividades profissionais. Imagine que estando com as forças fracas, este se recusou a se encaminhar diretamente à recarga, alegando: "Estou cansado, estafado, tenho lapsos de energia, e exijo um tempo até me recuperar para voltar inteiramente ao posto". Como requerer tempo logo a mim? Este fato ocorreu exatamente em um momento de fechamento de despaches e relatórios. Ao informar que não tínhamos tempo para essa pausa, ele me retrucou, dizendo: "Hoje é rico quem tem tempo, não quem tem dinheiro. Nunca a lógica de tempo é dinheiro fez tanto sentido. Vivemos achando que não vai dar tempo, nem sabemos para que mesmo". Sem mais, para não nos prolongarmos, solicito as devidas providências.

Apressadamente,

Senhor Relógio do Escritório de Planejamento


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Há cem anos o mundo se loreou



Lourival Batista Patriota nasceu há 10 anos e foi um brasileiro bem patriota, mesmo tendo nascido no Egito, no de São José, Sertão pernambucano, lá no Vale do Pajeú, onde poeta dá feito chuchu. O trocadilho foi marca registrada desse Louro do Pajeú, que reluz feito ouro. Repentista da melhor qualidade, soube improvisar com a velocidade de um alazão nutrido e teve a paciência igualmente à de uma coruja para dar botes nos motes. Sua casa será transformada em museu, mas a memória dele é viva e oralizada em todo o Nordeste. Eu cresci ouvindo meus tios declamarem as tiradas desse gênio que vem de uma dinastia de poetas, tendo dois irmãos também violeiros cantadores e sendo genro também de outro poeta. Como essa que soltou a um bêbado que insistia para que ele tomasse cerveja enquanto cantava:

Deixe de tanta imprudência
Deixe eu findar a peleja
Como é que eu posso tocar
Cantar e tomar cerveja
Quem tem três gosto é cachorro
Que anda, late e fareja

Em outra tirada cheia de trocadilho, se referiu à cidade paraibana de Cubati da seguinte forma:

Ô nome bem empregado!
O nome de Cubati
Sem o A e sem o B
Sem o T e sem o I
O que sobra desse nome
É o comércio daqui

Em alusão a Louro, esta semana me perguntaram onde ficava Mucutu e eu respondi da seguinte forma:

Mucutu é uma barragem
Que fica em Juazeirinho
Tirando o M e os dois Us
Do começo e do finzinho
E se o cabra tirar o T
Ele então consegue vê
Um nome bem miudinho

E uma leitura bela da vida de Louro:

Do gosto para o desgosto
O quadro é bem diferente
Ser moço é ser sol nascente
Ser velho é ser um sol-posto
Pelas rugas do meu rosto
O que eu fui, hoje não sou
Ontem estive, hoje não estou
Que o sol ao nascer fulgura
Mas ao se por deixa escura
A parte que iluminou

Ainda sobre a velhice, uma pessoa lhe perguntou o que era aquilo que ele estava usando para se apoiar e ele disse:

Isto é uma bengala velha
Que já não bengala bem
Que já galou tanta gente
Hoje não gala ninguém
Quando precisa galar
Procura gala e não tem

Além da resposta ao peru do jogo de baralho. Louro tinha tirado ótimo jogo e o peru que estava de fora para dizer que com qualquer carta ele batia, gritou: "Eita, seu Louro! Toda roupa veste um nu". Lourival respondeu completando:

Menos gravata e colete
Que nem cobrem o cacete
Nem a beirada do cu

Louro viveu sempre como artista da forma mais rudimentar cantando nos mercados e um de seus principais parceiros com quem pelejou várias vezes foi Pinto do Monteiro. Orlando Tejo fez belo trabalho com quadras homenageando esses dois artistas. E eu concluo dizendo assim:

Louro é para o Nordeste
Como Tom para Jobim
O veludo pra o cetim
A roupa para quem veste
Só que este cabra da peste
Eu nunca vi nenhum dia
Mas desde sempre eu ouvia
Seus versos de um em um
Louro fez o Pajeú
Irradiar poesia

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga

Em homenagem ao centenário de vida de Humberto Teixeira, comemorado neste 5 de janeiro, um trabalho com quadras falando da parceria dele com Gonzagão. (Para relembrar as quadras de Tejo para Louro e Pinto)

Gonzaga e Humberto

De saudade me aperto
Com a alma castigada
Por não ter mais nosso Humberto
E nem escutar Gonzaga

Voz de magia, tão maga!
Encantou até o esperto
O mágico era Gonzaga
O feiticeiro, Humberto

Rimas com efeito verto
Ocupando a área vaga
Copiou o Norte Humberto
Cantou o Norte Gonzaga

O baião, ninguém indaga:
Quem mostrou ao universo
Pois sabe que foi Gonzaga
Juntamente com Humberto

Cantando o futuro incerto
Da seca que castigava
Deixou o peito Humberto
Na serra que é de Gonzaga

Pra diminuir a chaga
Do Nordeste com inverno
Implorou mestre Gonzaga
Suplicou doutor Humberto


Uma ave que faz o verso
A outra canta e propaga
“A Asa Branca” Humberto
“O Assum Preto” Gonzaga

A obra foi consagrada
Como oásis no deserto
No solo infértil Gonzaga
Plantou, colheu com Humberto

Trilhando o caminho certo
Luiz sempre enxergava
Pelo olho de Humberto
Que se via em Gonzaga

Pois quem na fumaça traga
E nas canções fica imerso
Vê transcrito seu Gonzaga
No texto que é de Humberto

Quem bebe de peito aberto
E deles se embriaga
Sente pulsando Humberto
Na goela que é de Gonzaga

O céu hoje se alaga
Com os dois estando perto
Nas nuvens pra ver Gonzaga
Os anjos vão a Humberto

E neste celeste teto
O concerto não divaga
Até com lira Humberto
Tá tocando com Gonzaga

Construíram bela saga
Vivendo sempre bem perto
Teixeira é para Gonzaga
Como Luiz para Humberto

Baião-dos-dois é coberto
De forró com uma camada
Gonzaga fez de Humberto
O que este fez de Gonzaga

Só que nem jiló que amarga
Do fim estiveram perto
Mas Luiz só foi Gonzaga
Com Humberto sendo Humberto


Põe a gente neste inferno
A saudade que maltrata
Queria ter mais de Hum berto
E gozar mais de Gonzaga

Hoje a gente canta e afaga
Os dois com o naipe certo
Monarquia de Gonzaga
Doutorado de Humberto

Se errei algo, conserto
Não quero receber praga
Por tirar algo de Humberto
E botar algo em Gonzaga

Humberto fez como draga
Gonzaga ser descoberto
Se Teixeira achou Gonzaga
Luiz lapidou Humberto

Até com o tempo do eterno
Vossa obra não se apaga
Pois não morre um Humberto
Nem falece um Gonzaga

Feito abelha, zigue-zagua
Meu juízo, agora incerto
Não sei se Humberto é Gonzaga
Ou se Gonzaga é Humberto



Rafael Melo