terça-feira, 22 de setembro de 2015

Campinense transforma carros antigos em super máquinas

Bianco virou uma Ferrari. (Foto: Arquivo Pessoal).

Antigo Bianco resguarda aspectos originais, mas lembra uma Ferrari. (Foto: Arquivo Pessoal).

Opala virou Mustang. (Foto: Arquivo Pessoal).
O blog Jornalismo Poético descobriu em Campina Grande carros com algumas peculiaridades bem interessantes. Os carros fazem parte de uma gama de veículos antigos que são modificados por um apaixonado por este serviço que presta. Alexsandro Ferreira desenvolveu um trabalho artesanal, uma forma particular de mexer nos carros, que se assemelha ao das grandes oficinas do serviço especializado.
Na oficina de Alex, os carros antigos são tunados com peças de carros novos com um ar futurista. A projeção é espelhada em carros esportivos de luxo. O Escort 89 tem lanternas de Agile 2011 e faróis de Fox e é inspirado em um modelo BMW. Já o Fusca 72 tem faróis de Palio na vertical, além de portas no estilo gaivota. A ideia do farol na vertical é dar um aspecto moderno ao carro, algo já presente em carros da marca Chrysler. O mesmo detalhe também aparece no Uno 2004, que tem farol de Astra, também na vertical.
A modificação pode mexer muito na estrutura do carro ou apenas modernizá-lo, mas os donos preferem deixá-lo diferente, se assim podemos dizer. Tudo acontece porque eles chegam com seu carro na oficina e dizem com que carro querem deixá-lo parecido. O segundo passo fica por conta de Alex, que trabalha sozinho no projeto dos carros. “É um trabalho artesanal, muito cuidadoso, que requer atenção e carinho em cada detalhe”, disse.
Esse trabalho engloba alargamento de caixa de roda, construção de entradas de ar no capô, remodelação de para-choques, retirada de frisos, reconstrução de barra de coluna, modificações na suspensão (pode ser movida a ar) e muitos outros detalhes. E a parte boa é que é feito tudo com material reciclado, de sucata. A parte de lataria sempre é trabalhada com aço, nunca com fibra, e é proveniente de chapa de teto de carros inutilizados, mas que estão com esta parte intacta. Outras peças, como faróis, são compradas de seguradoras para baratear o custo final para o cliente, ao invés de comprar novo.
As portas gaivotas já são bastante conhecidas de quem admira o mundo do tuning, mas agora existe também a porta contrária ou suicida porque abre para trás. Porém, modificá-las não é barato, pode custar até 3 mil reais. A customização do capô fica em torno de R$ 350 e mexer nos para-choques pode chegar a R$ 1.000 de investimento, como dizem os tunadores.
Alex explicou que cada pessoa gasta em média 15 mil reais para deixar o carro do jeito que quer e o trabalho leva no mínimo seis meses até que ele fique inteiramente pronto. O estudante Aelisson Formiga transformou o seu Opala 86 em uma réplica de um Mustang GT 500, com traços bem característicos do carro. Quando perguntado sobre de onde vinha essa paixão, ele respondeu sucintamente “é um sonho realizado”.
Dá pra ver que não é nenhum hobby para essas pessoas, se tornou uma coisa séria mesmo. A paixão por este tipo de customização virou algo maior. Seu Hercílio Cruz tem um Bianco 78 e passou seis anos para concluir a restauração e customização do carro. O detalhe é que em Campina Grande só existem dois carros desse e o outro tem conservada a sua originalidade, mas a paixão pelo tuning fez com que seu Hercílio modificasse as características do lendário Bianco, que já foi considerado em uma época o carro mais caro do país. E o Bianco sai todos os dias para a rua, pois o filho de seu Hercílio, Allan Cruz, utiliza o carro para ir à faculdade.
Todos os outros carros são exclusivamente de exposição. O Fusca 72 de Marcelo Ferreira participa também de competições e já ganhou várias e ainda sobra um tempinho para dar aquele passeio com o dono aos finais de semana. Algumas outras modificações chamam a atenção, como é o caso do Opala de Alex, que tem um dispositivo para mudar o ronco do cano. O escapamento é silencioso, mas quando o dispositivo é acionado o ronco se torna estridente. Assim, o mesmo carro possui as versões esportiva e executiva. Interessante, não?
O mecânico Alex, que virou especialista do assunto na região, está agora trabalhando em um Vectra 94 que deve se tornar a primeira limousine da Paraíba. No próximo ano, o carro já deverá estar pronto, desfilando pelas ruas de Campina Grande. Para alguns, pode parecer um gasto desnecessário o que é feito para modificar os carros à sua maneira, mas todos os entusiastas se divertem com a prática e o mercado em torno desse hobby gera empregos e está fazendo a Paraíba se destacar no cenário nacional com projetistas especializados e inovadores na categoria. Bom para o estado! +Jeanne Silva +Mylena Andrade +Camilla Melo +Alann Ferreira Gomes +Emerson Tadeu +antonio otavio Otavio +Andreza Leão +Alexandre Marques +brauro gomes +Vilmar Junior +claudinho porto Claudinhoporto +Jefferson Cisne +Rodrigo Raposo +Erivan Sousa +Ribamar Cirne +Gwebus Vale +Helder Jesus +Italo Rodrigues +Shisley Junior +jefferson xavier +Arthur Franklin +Nathan Gonçalves +Rogerio Cunha +Joedson Santos +Maciel Lima +edersoares27 

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Escorpião pouco comum na Paraíba é encontrado em São José da Mata

Escorpião foi levado para o Centro de Zoonoses de Campina Grande. (Foto: Rossandra Oliveira).
As equipes da Gerente de Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Campina Grande encontraram no distrito de São José da Mata uma espécie de escorpião pouco comum na Paraíba. O Tityus Neglectus é comum nos estados da Bahia e de Pernambuco. Em Campina Grande ainda não havia registro da espécie. O escorpião é venenoso e pode provocar lesões nas vítimas. O animal foi encontrado no sítio Corvão, no distrito.
De acordo com a Gerente de Vigilante Ambiental do município, Rossandra Oliveira, o bicho teria sido trazido da Bahia em uma carga de tijolos comprada pela família que mora no sítio Corvão. "É preciso que as pessoas tenham cuidado redobrado com o escorpião e que se alguém for picado, busque imediatamente o Hospital de Trauma para tomar o soro", disse. Após o soro, a vítima ainda deve receber a vacina, que é oferecida no Centro de Saúde Francisco Pinto, no Centro da cidade.