As minhas pupilas acusadoras
Olham de cima para baixo
Vêem um mendigo, um cachorro
Vêem os pés de um deputado
Dois seres sem importância
Diante da elegância
De um nobre e caro sapato
A sua calça listrada
É de um tecido nobre
O couro de todo um filo
A sua cintura cobre
A camisa, seda indiana
E o cidadão esbanja
Com o traje o que ele pode
O meu corpo se tornou
Um outdoor de publicidade
A minha mente é marcas
Pra impressionar a sociedade
O cartão vai estourar
Mas eu preciso comprar
A condição de felicidade
TA D+ POETA!
ResponderExcluirMUITO BOA ESSA!
Rafael, adorei seu ponto de vista! Vi aqui, o meu pensamento transcrito!
ResponderExcluirAbraço nobre!
Flávia (Letras-UFCG)