ELEGIA AO POETA
Então, fez-se um silencio. Não consolas
O triste – perguntei. E o vento amigo:
Dentro da morte viverei contigo,
Cantarei a canção das castanholas.
Ó Tempo, neste leito em que te evolas
És um rio….Ao menos no perigo
Não pudestes parar? Erro ou castigo
De Deus – ó Tempo – eternidade rolas.
Eu quero ser eterna, a voz lhe disse.
Foi, então,que o silêncio da paisagem
Interrompeu-se, para que se ouvisse
O vôo de uma sombra que se expande
Por sobre a superfície da viagem…
O nosso mundo,agora,é menos grande.
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